quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Assunção quer gols de faltas, mas 'deixa' artilharia para Neymar


Jogador reconhece ser fatal no fundamento, mas não se vê como candidato a goleador do Santos em 2013 e aposta suas fichas no camisa 11

Por Lincoln ChavesSantos, SP
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Marcos Assunção exibe a camisa 20 do Santos (Foto: Ivan Storti/Divulgação Santos FC)Marcos Assunção exibe a camisa 20 do Santos
(Foto: Ivan Storti/Divulgação Santos FC)
Quando Marcos Assunção foi confirmado como reforço do Santos para 2013, muitos torcedores do Peixe esfregaram as mãos. Afinal, se por um lado o volante é conhecido pela precisão nas cobranças de falta, por outro o Alvinegro conta com Neymar, que é rotineiramente caçado pelos rivais. No Brasileirão do ano passado, nas 17 vezes que esteve em campo, o camisa 11 sofreu 116 faltas (média de 6,82 por jogo).
Assunção, no entanto, rechaça a ideia de que possa ganhar o papel de goleador, apesar do "apoio" que terá das faltas que Neymar sofrerá na temporada. Embora admita a expectativa de fazer gols e dar assisências, o volante prefere deixar nos pés do próprio camisa 11 a função de goleador da equipe.
- Não quero ser artilheiro. Já temos o Neymar, deixa ele fazer os gols (risos), tornar-se o melhor do mundo. O que desejo é ajudar a equipe, ser útil, continuar fazendo o que sempre fiz na carreira e, de alguma forma, ajudar a equipe. Não vou lutar para ser atilheiro, mas para fazer as coisas certas - disse.
No ano passado, Assunção marcou 10 gols nas 47 partidas que esteve em campo pelo Palmeiras - só o atacante Hernán Barcos, com 28 gols, foi mais vezes às redes que o volante. Para se ter uma ideia, o vice-artilheiro do Santos em 2012, Alan Kardec (que é centroavante e ficou na Vila Belmiro durante o primeiro semestre), fez só um gol a mais que ele.
Nas duas passagens anteriores pelo Santos (1995 a 1997 e 1998 a 1999), Marcos Assunção fez 111 jogos, com 24 gols marcados. Em termos de bolas na rede, o melhor desempenho foi registrado na segunda experiência com a camisa santista, quando marcou 21 gols em 78 partidas (média de 0,27), com destaque à atuação no empate em 3 a 3 com o Bahia, em 1998, quando fez os três tentos santistas no confronto (todos em lances de bola parada).
A especialidade nas cobranças de falta, aliás, é algo que Assunção aprimora desde a primeira experiência no Santos. Já naquela época, de acordo com o volante, ele já passava horas treinando o fundamento buscando encontrar um atributo que lhe desse um diferencial na carreira.
- Tudo é treino. Quando cheguei aqui, não batia tantas faltas, não fazia tantos gols. Mas a partir do momento que você treina muito, você começa a entender até o movimento dos goleiros. Treinei muita para que pudesse chegar no jogo com a confiança de que pudesse fazer o gol e ajudar equipe. Sabia que seria volante, mas que precisaria fazer um algo mais para aparecer. No mundo, você quase não vê volante batendo falta, escanteio. É sempre o camisa 10, o craque do time, mas na minha carreira, quis fazer disso (cobrança de falta) o diferencial - finalizou.

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